Regressamos ao centro de Lisboa. Convidamo-lo a começar o seu passeio na Praça D. Pedro IV, ou mais conhecida como Praça do Rossio, onde o Teatro D. Maria II vive à espreita e vem desembocar a mítica estação do Rossio, que serve a linha de Sintra até ao centro da cidade. Esta estação ferroviária está repleta de desenhos esculpidos na pedra que recontam histórias da nossa História.
Depois de admirar aquela que em tempos foi considerada a Estação Central, siga em direção à Praça dos Restauradores, enaltecida pelo Obelisco, erigido em 1886, que comemora a restauração de 1640 da Independência de Portugal de Espanha.
A Praça dos Restauradores é considerada o ponto de partida da expansão da cidade para norte, sendo o seu rumo afastado da margem do Rio Tejo. É uma das zonas mais movimentadas da cidade e faz a ligação entre a Avenida da Liberdade e a Baixa Pombalina.
Nos Restauradores, em direção ao Marquês de Pombal, suba a Avenida da Liberdade pelo seu lado direito. Aproveite os bancos debaixo da vegetação que se prolonga pela avenida para se refrescar, os lagos que rodeiam a avenida ou os quiosques para descansar ou beber uma água.
A Avenida da Liberdade é considerada uma das mais importantes da capital, pela concentração de lojas de alta costura e de escritórios de empresas importantes. Lojas como a Louis Vuitton, a Gucci e a Michael Kors são apenas alguns exemplos das marcas que se encontram presentes. A Avenida da Liberdade é também um importante pólo cultural, destacando-se o Teatro Tivoli BBVA que irá encontrar a meio da avenida, na subida até ao Marquês.
Quando chegar à Praça do Marquês de Pombal, pare para observar. Outrora um foco de confusão e inacessível para visitas, esta praça está desde 2013 disponível para visitas de peões. Aproveite para ver de perto a majestosa obra de arte, erguida em 1934, em honra do Ministro do reino de D. José I, Marquês de Pombal, a figura que encabeçou a planificação e reconstrução magnânime da capital portuguesa, após o terramoto de 1755. Repare em todos os detalhes: desde o polvo submerso, o cavalo, o brasão, o homem que se ergue por debaixo dos destroços, a figura da Justiça entre outros 1001 pormenores.
Depois de apreciar esta obra de arte, rume em direção ao Parque Eduardo VII, mais uma vez pelo seu lado direito. Aqui tem duas hipóteses de trajecto:
- subir pelo piso empedrado do Parque Eduardo VII
ou
- enveredar pelo verde, e cortar à direita no primeiro caminho para dentro da vegetação que envolve o Parque.
Nós optámos por nos entranhar pelo caminho verdejante no meio das árvores. Seguindo sempre por esse caminho irá chegar ao Pavilhão Carlos Lopes, um bonito edíficio que homenageia o maratonista português, que embora esteja fechado, merece uma atenção na sua arquitetura exterior.
Prosseguindo o caminho em frente, irá encontrar do seu lado direito um anfiteatro exterior e depois chegará ao alto do Parque Eduardo VII, onde se localiza um restaurante à beira lago.
Contorne o lago pela esquerda, de regresso ao Parque Eduardo VII. Aqui irá reparar que se encontra já no topo, muito perto do Miradouro e do monumento idealizado por João Cutileiro. Aprecie a vista panorâmica de Lisboa neste ponto: em que de cima para baixo abrange o parque, o Marquês, a Avenida, chegando até ao Tejo.
Atravessando a estrada para o outro lado em direção a norte, irá encontrar o Jardim Amália Rodrigues em honra à fadista. Neste jardim aproveite que existem alguns restaurantes e esplanadas, para beber uma água ou descansar um pouco.
De volta à caminhada, sugerimos que regresse ao Parque Eduardo VII, passando pela espécie de um anfiteatro intercalado com verde, imediatamente atrás do miradouro de João Cutileiro.
Desta vez ao regressar ao Parque Eduardo VII, aconselhamos que percorra o seu lado direito, contrário ao que subiu. Aqui deixe-se surpreender pelo verde que invade o parque e corte à sua direita em direção à Estufa Fria, um dos espaços verdes mais aprazíveis da capital, onde se pode desfrutar de agradáveis momentos no meio de plantas exóticas, rodeado de cascatas, e visitado por fauna a explorar os lagos.
Depois de visitar a Estufa Fria, volte à jornada de descoberta do Parque e siga em direção ao parque infantil que se localiza em frente da Estufa. Este parque tem um pequeno rappel para os mais pequenos experienciarem novas sensações de adrenalina.
Rumando novamente para o centro do parque, irá encontrar um quiosque para se sentar e apreciar a sombra.
Desça em direção ao Marquês, e observe como é impossível ficar indiferente à vista que se apodera da nossa descida. Há quem aproveite mesmo os jardins do Parque para se sentar, relaxar ou piquenicar.
Continue o seu passeio, atravessando para a Avenida da Liberdade e percorrendo o lado oposto ao que subiu. Aprecie as estátuas que partilham momentos históricos importantes, a vegetáção circundantes, o rodopio do comércio e o burburinho típico de uma zona altamente activa culturalmente! E por falar em cultura, não se esqueça de visitar o Cinema São Jorge e a Praça da Alegria.
Ao alcançar novamente a Praça dos Restauradores, irá observar do seu lado direito o Ascensor da Glória, que faz o transporte até ao Principe Real.
Este é mais um roteiro a não perder em Lisboa, recheado de surpresas cosmopolitas e históricas, que se integram na perfeição nos espaços verdes dentro da cidade, como o Parque Eduardo Sétimo, o Parque Amália ou a Estufa Fria.
Indicações:
Quando fazer? Se realizar este roteiro no verão, aconselhamos a fazê-lo no final da tarde, pela hora mais fresca, com direito a panorâmicas ao pôr-do-sol.
Duração? 2:30 hora a caminhar, 3 horas ou mais dependendo do tempo que dedicar a cada ponto de interesse.
Pontos de interesse: Praça do Rossio, Estação do Rossio, Praça dos Restauradores, Obelisco, Avenida da Liberdade, Praça Marquês de Pombal, Monumento e Estátua do Marquês de Pombal , Parque Eduardo VII, Monumento ao 25 de Abril no Parque Eduardo, Jardim Amália Rodrigues, Estufa Fria, Cinema São Jorge, Tivoli BBVA, Ascensor da Glória.